sábado, 2 de julho de 2011

Valdoxan, Portugal e o futuro


Pensar no futuro, exige antes de tudo pensar o passado recente e o presente imediato. Ao executar este simples exercício, facilmente se verifica que o futuro não se vislumbra risonho, mas sim medonho. Valorize-se a acção dos “média” na análise deste Portugal mergulhado numa crise sem precedentes. Crise, que sendo para alguns, apenas de carácter politico, ela é na verdade uma crise de teor globalizante, ou seja uma conjugação dos grandes vectores de análise de uma sociedade; assim sendo, experiencia-se uma crise económica, uma crise social, mas também um crise de valores alicerçada numa descrença em todo e qualquer “modelo” governativo. Esta conjuntura tem na sua base os frutos nefastos da globalização, para a qual tanto contribuímos com um passado virtuoso, mas acima de tudo, na incapacidade governativa das lideranças democráticas. Arrisco-me a afirmar, que a democracia se tende a esgotar e a esvaziar num mar de ideologias populistas, que naturalmente não se revêm naquele que é o principal estimulo do capitalismo que nos governa: o sistema financeiro. Assistimos no final de 2008 a um episódio de evidente crise internacional, assente no “subprime” (empréstimos hipotecários de alto risco, com base numa valorização dos imóveis que permitiam subsequentes empréstimos de risco, arrastando instituições bancárias para uma situação de insolvência) que se vinha evidenciando desde 2006. Mas a crise financeira permitiu tornar claro o “desgoverno” de alguns países, que aumentaram para valores astronómicos a sua “divida soberana”, ou seja, a divida do estado perante as instituições financeiras. Assim os mercados sobem diariamente as suas taxas de juro com base em sistemas de “rating” pouco claros e que tendencialmente especulam e esmagam as economias mais frágeis.
Se é certo que ainda não se conhece a situação real do país no ano de 2011, estudos técnico tendem a confirmar aquilo que há muito se “sabia”; Portugal gasta mais do que aquilo que efectivamente produz. Neste particular aspecto, “elogie-se” o ideal socialista que na ultima década promoveu o desinvestimento na economia, lançando o seu foque na bandeira do “Estado Social”. Ao fazê-lo promoveu ainda mais as assimetrias, esmagou a classe média e promoveu o espírito da “calanzice” em detrimento do trabalho, do mérito, da auto-superação. Muito haveria para escrever, se o objectivo fosse a caracterização geral de um país tecnicamente falido, necessitando claramente de injecção de capital, para assegurar no imediato liquidez. O que na verdade se assiste não é fruto apenas de uma conjuntura adversa, é na verdade a evidência da inexistência de uma estrutura económica nacional que nos permita crescer. Assistiremos a um triénio de franca recessão económica, mas e muito em particular viveremos situações de acentuado flagelo social. A condição de vida das familias tem uma tendência claramente recessiva. O desemprego, o endividamento das famílias, a insolvência e a criminalidade serão itens que indubitavelmente irão figurar no dia-a-dia deste futuro próximo.
Mas, e parafraseando um ilustre vil personagem, asseguro que para “grandes males, grandes remédios”. A ciência é um produto da criação do homem. Na verdade o homem destrói, mas também constrói. Neste sentido o homem decidiu salvar-se e neste particular, a investigação científica veio salvar Portugal e os portugueses. Recessão origina depressão. Pois bem, para aqueles que andam ou venham a estar deprimidos, uma vez que outra coisa se não pode pensar a não ser viver uma “boa depressão”, apresento-vos: VALDOXAN. A sua introdução no mercado nacional está a cargo da Servier Portugal, Lda,. Este maravilhoso fármaco da família dos anti-depressivos foi pensado para os portugueses. Tem como substância activa a agomelatina (substância agonista da melatonina, responsável pelo sono, e antagonista dos receptores da serotonina). O que significa isto? Simples, vamos todos dormir melhor sem perda da libido, ou seja, vamos andar mais animados e no final do dia poderemos fazer Amor e descansar sob um maravilhoso sono recuperador. Como é isto possível? Simples, a agomelatina ressincroniza os ciclos circadianos (períodos de cerca de 24 horas, sobre o qual se regula o ciclo biológico de qualquer ser humano, influenciado pela luz solar), isto é o hipotálamo passa a regular melhor a nossa temperatura, a nossa renovação celular, a nossa vigília, entre outros. Com efeitos secundários quase nulos ou muito ligeiros assegurado por delegados de propaganda médica, o dia-a-dia de todos os portugueses irá ser bastante positivo, repondo a normalidade onde ela não existe, devolvendo esperança aqueles que mergulham no marasmo da incapacidade, excepção feita aos alcoólicos que vão ter de aguardar por mais algum tempo, uma vez que este fármaco influi no sistema hepático, vulgo fígado, acelerando o processo de cirrose.
Alento e coragem, porque ajuda já nós temos!

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