Grande Meio-Dia
O Grande Meio-Dia... Uma posição elevada... Elevação!
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
O amor… não porque é novo ano…!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
AMICUS
sábado, 21 de julho de 2012
Politica… Crónica de uma morte anunciada!
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
A vivência da Morte na Idade Média

A morte, independentemente do tempo histórico, envolve-se num inevitável dramatismo inerente à finitude da condição humana. Num passado longínquo, na vida quotidiana, a morte simbolizava o fim de um período, e “eventual” começo de uma nova e desconhecida etapa. Nos dias que decorrem a morte não possui um efeito psicológico determinante na vida das pessoas; vive-se com a ideia de que “só os outros morrem”, sendo preferível não pensar muito na própria morte. Na Idade Média, o processo de consciencialização da morte gerava no indivíduo uma permanente preocupação, revestindo-se de uma forte componente trágica dissociada de qualquer pressuposto casual. A presença da morte causava no indivíduo um pesado temor e consequentemente elevado respeito.
Na Idade Média, e fruto de conjunturas bastante adversas (guerras, pestes, epidemias), a vida humana era curta e pouco representativa, pelo que, a morte era geralmente aceite como socialmente justa, fazendo parte do quotidiano como algo de natural. A grande preocupação com a morte residia na necessidade de preparar esse momento. No momento da morte tudo se pode reparar, através da absolvição! À semelhança do “Tribunal de Osíris”, na hora da morte efectua-se a pesagem da alma (balança composta pelas boas e más acções). O último momento, constitui-se como o derradeiro instante em que o moribundo enfrenta a morte, colocando-se em evidência a atitude perante a “visualização” de toda uma vida, determinando-se a salvação ou a anulação de todas as boas acções. Desta forma, o indivíduo conhece o resultado, ou seja a sua sorte, antes da decisão do juiz. È de referir que antes da reforma católica, não importam as acções/conduta durante a vida, mas sim, a atitude no momento final (morte); pressuposto este que muda após a reforma católica, impondo-se a necessidade de conduzir uma vida virtuosa e moralmente relevante, por forma a alcançar a salvação da alma.
O temor sentido em relação à morte assentava na componente trágica de uma má morte. A morte súbita era considerada uma morte feia, vil, um castigo não merecido. A morte clandestina, sem testemunho ou cerimónia era sinal de maldição. Importava pois estar permanentemente preparado para o acto da morte e enfrentá-la de forma solene “o pesar da vida está associado à simples aceitação da morte próxima...”.
A boa morte é desejável, sendo que nela o moribundo pode-se redimir das más acções de toda uma vida, pelo que existia na Idade Média, uma enorme preocupação para com a hora da morte. A boa morte exigia morrer deitado, de costas assentes no chão, envolto num ambiente de enorme solidariedade, onde a reconciliação com Deus era garantida através de todo um ritual de mágoa colectiva. O ritual da morte era composto por sacramentos e exaustivos testamentos carregados de gestos de caridade, beneficência, misericórdia para com os pobres. A questão testamental é de extrema importância na hora da morte, e vital para a tão desejável boa morte. As directivas testamentais são de elevada descrição, com especial destaque para as doações. Os testamentos comportam um sem fim de instruções aos herdeiros (linhagem, condução e gestão patrimonial) e à comunidade (obrigatoriedade de presença no enterro por parte de todas as ordens e clerezias, realização de missas e orações, determinações especificas relativas à vivência diária, deveres de preces, de cânticos etc,), pelo que se denota por parte do moribundo um exagero no controlo do futuro após a sua morte. Com uma boa morte, o acto da morte decorre com imensa simplicidade, com todo um ritual alienado de dramatismo/ausência de emoções fortes, evidenciando-se uma clara aceitação da morte como uma vontade divina, onde importa proceder a todo um ritual de penitência, evitando-se o purgatório e alcançando o paraíso.
No estudo da morte na Idade Média é importante assinalar a incorporação dos mortos no mundo dos vivos. Para tal muito contribuiu o culto dos mártires e as igrejas cristãs. Ao contrário das necrópoles extra-urbanas da época merovíngia (a localização do cemitério era afastada dos locais de habitação), verificamos a integração do cemitério como espaço sagrado no átrio das igrejas. Aqui se verifica uma mudança psicológica importante, ou seja, o homem passa a familiarizar-se com os mortos, co-habita com eles, respeita-os e dignifica-os.
É de todo verificável que a morte na Idade Média é revestida de uma forte componente social, existindo uma grande solidariedade no acto de morrer. Já no período contemporâneo, após o século XVIII, a morte assume os contornos que figuram nos tempos presentes; assiste-se a um incrementar de um dramatismo e impressionismo na forma como se lida com a morte. A morte passa a ser “ A morte do outro”!
sábado, 2 de julho de 2011
Valdoxan, Portugal e o futuro

Pensar no futuro, exige antes de tudo pensar o passado recente e o presente imediato. Ao executar este simples exercício, facilmente se verifica que o futuro não se vislumbra risonho, mas sim medonho. Valorize-se a acção dos “média” na análise deste Portugal mergulhado numa crise sem precedentes. Crise, que sendo para alguns, apenas de carácter politico, ela é na verdade uma crise de teor globalizante, ou seja uma conjugação dos grandes vectores de análise de uma sociedade; assim sendo, experiencia-se uma crise económica, uma crise social, mas também um crise de valores alicerçada numa descrença em todo e qualquer “modelo” governativo. Esta conjuntura tem na sua base os frutos nefastos da globalização, para a qual tanto contribuímos com um passado virtuoso, mas acima de tudo, na incapacidade governativa das lideranças democráticas. Arrisco-me a afirmar, que a democracia se tende a esgotar e a esvaziar num mar de ideologias populistas, que naturalmente não se revêm naquele que é o principal estimulo do capitalismo que nos governa: o sistema financeiro. Assistimos no final de 2008 a um episódio de evidente crise internacional, assente no “subprime” (empréstimos hipotecários de alto risco, com base numa valorização dos imóveis que permitiam subsequentes empréstimos de risco, arrastando instituições bancárias para uma situação de insolvência) que se vinha evidenciando desde 2006. Mas a crise financeira permitiu tornar claro o “desgoverno” de alguns países, que aumentaram para valores astronómicos a sua “divida soberana”, ou seja, a divida do estado perante as instituições financeiras. Assim os mercados sobem diariamente as suas taxas de juro com base em sistemas de “rating” pouco claros e que tendencialmente especulam e esmagam as economias mais frágeis.
Se é certo que ainda não se conhece a situação real do país no ano de 2011, estudos técnico tendem a confirmar aquilo que há muito se “sabia”; Portugal gasta mais do que aquilo que efectivamente produz. Neste particular aspecto, “elogie-se” o ideal socialista que na ultima década promoveu o desinvestimento na economia, lançando o seu foque na bandeira do “Estado Social”. Ao fazê-lo promoveu ainda mais as assimetrias, esmagou a classe média e promoveu o espírito da “calanzice” em detrimento do trabalho, do mérito, da auto-superação. Muito haveria para escrever, se o objectivo fosse a caracterização geral de um país tecnicamente falido, necessitando claramente de injecção de capital, para assegurar no imediato liquidez. O que na verdade se assiste não é fruto apenas de uma conjuntura adversa, é na verdade a evidência da inexistência de uma estrutura económica nacional que nos permita crescer. Assistiremos a um triénio de franca recessão económica, mas e muito em particular viveremos situações de acentuado flagelo social. A condição de vida das familias tem uma tendência claramente recessiva. O desemprego, o endividamento das famílias, a insolvência e a criminalidade serão itens que indubitavelmente irão figurar no dia-a-dia deste futuro próximo.
Mas, e parafraseando um ilustre vil personagem, asseguro que para “grandes males, grandes remédios”. A ciência é um produto da criação do homem. Na verdade o homem destrói, mas também constrói. Neste sentido o homem decidiu salvar-se e neste particular, a investigação científica veio salvar Portugal e os portugueses. Recessão origina depressão. Pois bem, para aqueles que andam ou venham a estar deprimidos, uma vez que outra coisa se não pode pensar a não ser viver uma “boa depressão”, apresento-vos: VALDOXAN. A sua introdução no mercado nacional está a cargo da Servier Portugal, Lda,. Este maravilhoso fármaco da família dos anti-depressivos foi pensado para os portugueses. Tem como substância activa a agomelatina (substância agonista da melatonina, responsável pelo sono, e antagonista dos receptores da serotonina). O que significa isto? Simples, vamos todos dormir melhor sem perda da libido, ou seja, vamos andar mais animados e no final do dia poderemos fazer Amor e descansar sob um maravilhoso sono recuperador. Como é isto possível? Simples, a agomelatina ressincroniza os ciclos circadianos (períodos de cerca de 24 horas, sobre o qual se regula o ciclo biológico de qualquer ser humano, influenciado pela luz solar), isto é o hipotálamo passa a regular melhor a nossa temperatura, a nossa renovação celular, a nossa vigília, entre outros. Com efeitos secundários quase nulos ou muito ligeiros assegurado por delegados de propaganda médica, o dia-a-dia de todos os portugueses irá ser bastante positivo, repondo a normalidade onde ela não existe, devolvendo esperança aqueles que mergulham no marasmo da incapacidade, excepção feita aos alcoólicos que vão ter de aguardar por mais algum tempo, uma vez que este fármaco influi no sistema hepático, vulgo fígado, acelerando o processo de cirrose.
Alento e coragem, porque ajuda já nós temos!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Yak-e bud...yak-e nabud

A história na sociedade afegã!
O titulo, por si só, pode não parecer sugestivo, contudo ele materializa o inicio do riwayat (pequena história metafórica). O riwayat, tem o seu equivalente em Dari e Pashto, na forma de "hikayat ou qissa", e em baluchi "nakl",
Yak-e bud, uak-e nabud (there was, there was not), assim começa boa parte dos riwayat. Importa nestes generos literários, salientar o legado histórico, a aprendizagem retida, a moral... quanto aos factos minoriza-se a sua exactidão.
A escrita é na realidade muito metafórica, pelo que, quando se pretende contar/descrever factos concretos utiliza-se a expressão "Hal in ast ki", ou seja (the matter is that). O intuito da história é na realidade servir de experiência para o presente. Um aspecto que importa referir, é que a história cronológica é colocada de parte, as histórias começam maioritariamente "Como é que o meu irmão foi preso pelos Taliban; Como é que os Taliban abusavam de crianças iranianas etc". Se se fizer um pergunta concreta acerca dos Taliban, a resposta será muito pouco objectiva, mas sim generalista, com o intuito de mostrar a ideia geral, e concerteza será também ela enfatizada!
A absorção que tenho feito, relativamente à cultura afegã, tem-se revelado interessante. Por incrivel que pareça, o afegão é na verdade um ser muito romântico.
O romantismo identifica-se em primeira instância na língua; em Dari ou em Pashto, não existem palavras especificas para grande parte das coisas,pelo que, é necessário descrever o cenário ou o contexto para descrever pequenas palavras; eis que pela forma de falar se começa a identificar pequenas notas românticas; na verdade o povo afegão adora falar, sendo que ao assistir aos primeiros diálogos, me parecia que estavam sempre a discutir.
Termino esta entrada no blog, partilhando com os leitores e amigos, um pequeno riwayat, que pretende mostrar a forma de ser dos "Pashtun", indivíduos muito rígidos que vêm a "sharia" como o fundamento das regras sociais:
...um dia eis que chegou a hora, o baluch teve de dar a sua filha em casamento. Ora bem, o pashtun veio para cá trabalhar e acabou por casar com a rapariga para construir uma família. Depois, levou a sua esposa, para a sua terra..não me lembro onde era a província, se era Helmand, Kandahar ou Lashkar Gah... o que é certo é que ele levou-a. Tempos mais tarde o pai "baluch", disse que gostava de saber como se encontrava a sua filha e se ela estava viva, ou se tinha sido feita prisioneira. O baluch partiu assim de encontro à casa onde morava a sua filha, mas não foi fácil lá chegar, uma vez que não havia carros, apenas burros e camelos. Passados 14 dias chegou a casa do marido de sua filha. Foi bem recebido, com muito pão e chá. Eis que o Baluch, disse que queria ver a sua filha...o marido respondeu que ele tinha bastante tempo e que a iria ver. No outro dia insistiu, e a resposta foi a mesma. Passados alguns dias já aborrecido afirmou que tinha vindo de muito longe para ver a sua filha e não o marido da mesma. O Pashtun embaraçado, respondeu que não era seu costume, e que não lhe era permitido mostrar a sua mulher a ninguém. O baluch respondeu que era pai, que tinha cuidado e alimentado a sua filha e que tinha o direito de a ver. Eis que o pashtun disse que não a estava a esconder, pelo que ela estava mesmo atrás da cortina da sala. Abriram a cortina e lá estava a filha do baluch sentada do outro lado da cortina. O pai perguntou à filha:- estás bem, como tens passado, como é a tua vida?. A filha respondeu: não estás a ver como é a minha vida? porque me perguntas? Assim, o pai saiu,pegou o seu velho casaco e foi embora. Esta é a forma como os pashtun vivem. Over. The program is over. "laughs".
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Profilaxia de um Portugal à beira do colapso!!!
Portugal, o que se espera de ti?
Será passível, de se ter como futuro próximo, uma Nação que exorta os mais notáveis feitos na conquista daquilo a que hoje apelidamos de "Globalização", e que continuamente, submerge no marasmo e na incapacidade de se demarcar de politicas tipicas de regimes do terceiro mundo? A verdade é que o futuro esta a ser traçado nesse sentido.
Daqui a cinco décadas, estarão os alunos das disciplinas de história, a estudar a História de Portugal Contemporâneo, politico-institucional e económico-social, e os temas gerais, não vão fugir ao que a seguir se enuncia:
Aspectos da vida politica: usurpação de poderes confiados pelo sufrágio; manipulação do eleitorado que em grande número desconhece o acto eleitoral; núcleo duro dos partidos políticos faz-se eleger para a assembleia representativa, por circulos eleitorais diversos (nos quais nem sequer são conhecidos); permissão para concorrer simultaneamente a diferentes cargos de representação politica; ausência de verdade na condução das directivas politicas; escândalos sucessivos, decorrentes de gestão danosa e aproveitamento do status social adquirido; proliferação de politicas de inverdade; descrédito do povo na vida politica e consequente abstenção eleitoral; corrida às subvenções vitalicias, brilhantemente criadas por politicos e para politicos.
. Aspectos da vida institucional: nomeações duvidosas para diferentes cargos institucionais; proliferação de institutos e departamentos que ninguém percebe para que servem; envolvimento de dirigentes de diferentes instituições em escândalos sociais e em matérias de crime económico; desacreditação total da população na justiça, que teima em ser excessivamente burocrática, a par da desconfiança dos portugueses na forma como as leis se constituem demagógicas, permitindo interpretações sucessivas, gerando permanente impasse e demora na resolução das contendas
. Aspectos da vida económica e social: flutuações permanentes nos mercados internacionais; especulação dos mercados; endividamento do estado; incapacidade do estado no controlo da divida pública; investimentos sem visão estruturante; esmagamento da classe média fruto dos sucessivos aumentos de impostos directos e indirectos; aumento da pobreza e consequente exclusão social; descrédito nas instituições pilares do estado.
Com um cenário desta tipologia, importa apontar responsabilidades. O que é a responsabilidade politica inúmeras vezes evocada? Onde para a ética? Quem fala verdade? Será a politica apenas um mundo de retórica, que pouco ou nada contribui para a resolução dos problemas sociais? Quem acredita em altruismo e sentido de dever?
Com uma conjuntura tremendamente dificil, em que o descrédito é a nota dominante, quem poderá salvar esta nobre nação. É altura de devolver a democracia conquistada pelos militares. É altura de atribuir responsabilidades. Está na hora de incutir o espirito de dever. É tempo de olhar para dentro, é tempo de reformar efectivamente este estado que se diz de direito, mas que tende a navegar rumo ao colapso!!!
Até a natureza se revolta e repreende!
terça-feira, 3 de novembro de 2009
A imagem que é minha, que é tua!!!
A imagem que o Miguel tinha acerca da sua pessoa era impressionante. Quando numa conversa de esplanada me disse que tinha a ideia de ser um indivíduo justo, coerente, lúcido; que na maioria das situações com que se deparou, ou foi confrontado, tinha a ideia de que fora maioritariamente assertivo, criou em mim uma sensação de incerteza, uma sensação que me deixou de certa forma relativamente desconfortável!
Confesso que esta pequena dissertação acerca de “imagens”, não surge por acaso. António Rosa Damásio, nos seus fantásticos e incisivos ensaios, proporcionou-me um incremento de razão e inteligibilidade às minhas sensações, emoções e consequentes sentimentos; recordo: "Nem todas as alterações que sentimos no corpo são necessariamente as que se estão a passar". Aqui a minha preocupação assumiu um contorno de auto-investigação.
É consensual que determinados acontecimentos nos causam de uma forma geral o mesmo estado emocional. É igualmente unânime que o nosso corpo reage, assume uma resposta, e tem comportamentos muito similares, quando provocado/impulsionado por agentes exteriores,como por exemplo o tom avermelhado que a pele assume depois de pressionada. Mas o que será que determina então percepções e comportamentos divergentes.
É sem duvida, um tema com uma certa subjectividade. Assim decidi vasculhar no meu repositório de ideias, e eis que tenho duas ou três considerações que julgo pertinente frisar.
Quando nos referimos à ideia do ponto de vista, é indubitável que cada um tenha o seu, e, apesar de em alguns aspectos, o ponto de vista ser concordante, ele nunca poderia ser o mesmo… e porquê? A posição relativa como cada um aborda um determinado caso/acontecimento, nunca é a mesma; ela varia de indivíduo para indivíduo, isto porque seria impossível alguém observar um determinado objecto (parado ou em movimento), uma vez que a sobreposição física entre indivíduos é impossível. O ângulo de observação para determinado objecto/acontecimento é sempre relativamente diferente. Acima de qualquer tipo de consideração, encontra-se um conjunto de informações residuais muito diversas de individuo para individuo, armazenadas naquele magnifico CPU chamado “cérebro”. Temos também de ter em conta o “self”, o em si, modelado e dinamizado por acção das vísceras. Igualmente importante é a questão espacio-temporal (a dinâmica, o movimento), ela condiciona individualmente qualquer juízo e consequente imagem formulada após uma determinada observação. Não seria correcto deixar de assinalar, a componente modelar que a sociedade tende a uniformizar; contudo, esbarra na impossibilidade! Seria importante, cada um reflectir acerca da afirmação “todos diferentes, todos iguais”, ela tem um objectivo, um propósito importante, mas para esta reflexão vou empregar uma outra: ” todos diferentes, inevitavelmente diferentes”.
Porque temo a divagação, sintetizo a questão das imagens. O Miguel, o João, a Teresa, sempre terão uma ideia/imagem, individualmente criada acerca de um dado objecto, ou mesmo de si próprios, que em nada traduz de facto aquilo que é efectivamente assinalável, ou eventualmente corresponda ao facto em si. Arrisquei o teste e perguntei à minha querida mãe, se me achava bonito, giro? Fiz o mesmo ao espelho… a resposta revelou-se diferente!
Imagens, reflectem não apenas o que se observa, mas o que essa observação/interacção transmite individualmente. Imagens são mais do que um simples reflexo no espelho; as imagens são efectivamente, a forma como cada um processa e projecta a informação. A imagem não sou eu…
Numa noite particularmente imagética!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
SInceridade...rumo à confiança!!!
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Não querendo ser pessimista, e abraçando a corrente positivista, a sinceridade é uma bandeira! Num mundo em constante tranformação, novos valores se apresentam...mas como será possivel acompanhar o constante devir, sem referências que balizem a dinâmica mundana. Eis que se me afiguram alguns exemplos que podem delimitar positivamente a vida quotidiana... Uma atitude sincera; nem de propósito!
Ser sincero, é pois ser correcto, ser leal a principios que identificamos como necessários à nossa vida. Ser sincero, não é apenas dizer a verdade; é ter a sensação que se existe verdadeiramente, é descansar sobre a atitude...aqui está! ser sincero é uma atitude. Na busca do "caminho da felicidade", um referencial sincero, torna-nos honestos, e consequentemente, seguros e livres no caminho a percorrer.
Ser sincero, é efectivamente o caminho rumo à confiança!
Ser sincero, é rever-se no sorriso de uma criança... Ser honesto é sentir e ouvir o "ar que se torna vento"!!!
domingo, 9 de agosto de 2009
Partilha com Célia Bernardo
A introdução, não se me afigura simples, mas a ideia que pretendo passar, é resultado de um contacto que decidi estabelecer com a minha nova companhia de viagem... O Rádio Clube Português de facto cativou a minha atenção... Os profissionais que ali trabalham, e a maioria o faz com grande prazer, pela sua simpatia e profissionalismo, procuram proporcionar ao ouvinte um enriquecimento cognitivo com uma diversidade ilariante...são tantos e tão oportunos os programas "Janela Aberta, Minuto a minuto, A vida são dois dias", que já considero o RCP, uma ferramenta do conhecimento...
Eis que decidi não apenas ouvir, mas dar uma vista de olhos pelo "site" do RCP. Entre os numeros artigos de interesse, eis que no blog da Célia Bernardo, o tema não poderia ser de maior interesse... Amadurecimento aos 30 :). Passo a descrever o texto da Célia Bernardo:
Hoje sim é aquele que considero ser o dia de comemorar a vida, mas também de alguns silêncios.
É dia para me colocar em perspectiva e de olhar para dentro com olhos de quem faz uma análise minuciosa à lista do deve e do haver.
Este é o dia a que me obrigo (ainda que a vontade às vezes falte) a fazer um balanço de mim mesma.
Estou Feliz.
Os meus trinta têm sido/continuam a ser os anos das minhas maiores conquistas e dos melhores encontros com o amor e comigo mesma.
Aos 20 anos, era diferente.
Aos 20 tinha pressa de chegar. Pressa de viver. Sempre pressa.
Também era feliz, só que não sabia.
Os 30 trouxeram serenidade; trouxeram a sabedoria que sabe identificar os momentos.
Hoje, continuo a sentir inquietação. Sinto fervilhar cá dentro.
Só que hoje já só fervilho pelo que vale de facto a pena.
E o saber fazer essa distinção só a idade me deu.
Eis que decidi partilhar a mesma sensação e comentei da seguinte forma, também ela, disponivel no blog do RCP:
Osório santos, 09-06-2009 00:06
O crescimento...palavra que nos move no constante devir da vida... Crescer é de facto interpretar, amadurecer continuamente e ter consciência dessa evolução... Aos vinte...tudo fervilha... e a atenção dissipa-se com relativa facilidade...é efectivamente uma idade humana, demasiado humana... Aos XXX... a atenção torna-se companheira, as conquistas e o que ficou para trás definem agora a atitude comportamental delimitadora do percurso existencial futuro...As pulsões geram emoções que depois de interpretadas condicionam as sensações... É verdade, a partir dos 30, a homeostasia parece bem mais simples de alcançar...Poderei eu por aqui ficar por mais outros XXX... Osório Santos
Num Domingo, relativamente parvo!
sábado, 8 de agosto de 2009
Terceira tal como te vi e desejo

